O filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, escrito por Tom Schulman e estreado por Robin Willians; foi lançado em 1990 e, no Brasil, estreou no dia 28 de fevereiro do mesmo ano.
Sinopse:
O novo professor de Inglês John Keating é introduzido a uma escola preparatória de meninos que é conhecida por suas antigas tradições e alto padrão. Ele usa métodos pouco ortodoxos para atingir seus alunos, que enfrentam enormes pressões de seus pais e da escola. Com a ajuda de Keating, os alunos Neil Perry, Todd Anderson e outros aprendem como não serem tão tímidos, seguir seus sonhos e aproveitar cada dia.
O livro “Sociedade dos Poetas Mortos” foi baseado no filme e foi lançado em 1991.
A primeira vez que assisti esse filme foi em maio do ano passado e, para a minha nem tão surpresa assim; se formos pensar em um filme que fala sobre literatura e, de certa forma, sobre liberdade, eu gostei muito.
Muito mesmo. Não é a toa que ele é um dos meus filmes favoritos.
Sério, é genial!!! Ao longo do filme, o Keating faz os alunos pensarem por si mesmos e questioarem as regras e padrões que sempre foram impostos, fazer coisas diferentes, etc. Dá pra ver que tem uma evolução dos personagens, tanto do professor como dos alunos.
(È, agora tá parecendo uma análise do filme)
Enfim, depois de meses querendo assistir o filme de novo, EU ASSISTI!! Foi na quinta-feira passada; já faz uma semana que tô com as próximas palavras entaladas, só esperando pra serem escritas.
(Na verdade, já mencionei por aqui que queria escrever uma edição sobre esse filme bem antes de assistí-lo pela segunda vez, então…aqui estamos) - mas não quero que seja só sobre o filme.
observação: essa newsletter contém spoilers do filme “Sociedade dos Poetas Mortos”, então, se você não quer recebẽ-los, recomendo encerrar a leitura por aqui, assitir essa obra de arte e voltar depois :)
Mas, pra você que ainda tá aqui…
Como dito no início dessa edição, o filme se passa nos Estados Unidos, em 1959. Se pensarmos no contexto do filme, é uma época onde os pais controlavam as escolhas dos filhos - em relação á carreira profissional, por exemplo - , enquanto as escolas eram rígidas e impediam os alunos de pensarem por si mesmos ou de sequer sairem daquela bolha “tradicional”.
Mas aí, chega o John Keating e faz história. Ele começa com métodos de ensino bem diferentes do que os caras estão acostumados - isso, por si só, já faz todo mundo pensar de um jeito diferente - mas, depois, fala da Sociedade dos Poetas Mortos.
Essa sociedade é, basicamente, um grupo de pessoas que se reúne para recitar poemas, discutir sobre esses textos e pensar sobre as coisas - tipo o que a gente encontra aqui no substack haha
E então, conforme os garotos vão ouvindo as palavras do Keating e participando dessa sociedade sem que ninguém saiba, começam a pensar de uma forma diferente. E é isso o que faz com que tudo mude e, mais tarde; indiretamente, que uma tragédia aconteça.
A morte do Neil (depressão. nunca vou superar)
Se vocẽ chegou até esse ponto, muito provavelmente já assistiu o filme e já sabe de quem tô falando; mas se não for o caso; Neil Perry é um dos personagens importantes.
O pai dele (aquele *insira adjetivos negativos aqui* ) passa o FILME TODO falando que ele tem que ser médico, que ele precisa estudar pra isso “sem distrações”, etc. O problema é que o Neil quer atuar.
E ele é realmente bom nisso.
Pra resumir, ele atua em uma peça de “Sonho de uma Noite de Verão”, o pai dele assiste e depois, quando o negócio tá finalmente dando certo (dica: se você pausar o filme nessa parte, nada vai ter acontecido e, assim, você vai preservar a sua saúde mental. Vai por mim), o pai dele fica puto e diz que o Neil vai estudar em um colégio militar, que é tudo culpa do Keating…
Pois é. Uma merda.
Na primeira vez que eu assisti, achei que o Neil ia fugir de casa ou fazer qualquer coisa que não fosse o que realmente aconteceu. Mas ele se suicida.
E, mesmo que eu tenha chorado muito, não vou dizer que não faz sentido. Porque faz. Ele tinha perdido tudo que era importante; os amigos, o professor, a atuação…e o pior foi que, bem na hora que ele finalmente teve a liberdade de fazer o que ele queria e pensar de uma forma diferente, o pai dele acabou com tudo *AAAAAAAAA* (eu deveria ter pausado o filme naquela outra parte, com certeza)
Carpe diem (temos que pensar por nós mesmos, é sério)
Carpe diem. Seize the day, boys. Make your lives extraordinary.
(Sociedade dos Poetas Mortos)
“Carpe Diem” é uma expressão latina que significa curtir a vida, aproveitar o momento. O professor cita essas palavras algumas vezes ao longo do filme e, por meio desse pensamento., os alunos tomam várias atitudes que não tomariam nornalmente; fazem coisas novas, saem da zona de conforto, pensam por si mesmos.
E esse é o ponto.
Mesmo que o filme se passe em 1959, muita coisa abordada nele pode ser pensada pros dias de hoje. Tipo, não tem problema fazer algo fora do esperado às vezes ou questionar as regras que sempre são impostas; é até legal fazer isso. Porque, da mesma forma que os garotos do filme aprenderam a pensar por si mesmos; pensar em novas ideias e questionar as coisas, nós também podemos fazer isso.
E, pra além de só pensar e ter as nossas próprias ideias; fazer algo diferente. Não necessariamente algo novo ou “fora da bolha”, só quebrar a rotina às vezes ou observar as coisas ao nosso redor. A gente passa tanto tempo vivendo no automático; só cumprindo os horários e as metas e seguindo regras sem pensar no motivo delas existirem, que nos esquecemos que não é só isso.
Mesmo que seguir normas e fazer o esperado seja necessário em certos momentos, nem tudo precisa ser assim. Nem tudo precisa ser programado ou ter uma utilidade prática.
Ás vezes é legal só gritar “Carpe diem”, ligar o fodase e tomar uma atitude, por menor que seja. É aquilo: “vai com medo mesmo, o não você já tem”.
Igual no final do filme, quando todos os alunos subiram na cadeira e chamaram pelo Keating. Descumprindo todas as normas, fazendo o inesperado, eles lutaram pelo que acreditaram.
CONSIDERAÇÔES:
Era pra essa edição ter sido publicada ontem, mas pelo menos consegui desenvolver melhor o que tinha pra dizer.
O filme “Sociedade dos Poetas Mortos” está disponível no Disney+.
A edição original do livro está disponível para compra na amazon!!
Obrigado por ler até aqui, espero que tenha curtido essa edição :)
Fique à vontade para comentar algo sobre o filme ou sobre a edição; fico feliz em ler!!
We don´t read and write poetry because is beauty. We read and write poetry because we are members of the humam race, and humam race is filled with passion. And medicine, law, business, engineering, these are noble pursuits and necessary to sustain life.
But poetry, beauty, romance, love, these are what we stay alive for.
(Sociedade dos Poetas Mortos, 1990)