#34 - Os roteiros
de uma lista de tarefas até as edições da newsletter - como isso acontece, na prática?
Quando comecei aqui no Substack, não sabia fazer muita coisa. Quero dizer, ainda não tinha adquirido certas “técnicas” para escrever os textos ou a prática para encontrar temas que fossem interessantes tanto para mim, como para quem estivesse lendo. Mas, ao longo desses 11 meses - cara, 11 meses!!!! - por aqui, adotei uma prática que mudou tudo: fazer roteiros para cada texto.
É claro que existem exceções; as crônicas, relatos pessoais ou edições mais curtas conseguem se sustentar sem uma preparação prévia, mas, em grande parte das vezes, sinto a necessidade de organizar as ideias antes de escrever.
e, ironicamente, essa edição não tem um roteiro prévio kkkkkk
Mas, como isso funciona na prática?
Os roteiros
A definição formal de roteiro, segundo o Google, é: em produção audiovisual, um roteiro é o documento que guia a criação de um filme, série, peça teatral, etc., contendo a história, diálogos e cenas. Em viagens, um roteiro é um plano detalhado de um itinerário, incluindo locais a serem visitados, atividades e duração da viagem.
Mas, além de encontrar sentido nessas duas definições, vejo isso de outra forma. Para mim, um ROTEIRO significa a organização das ideias, uma linha de raciocínio anterior à ação em si. Ação que pode englobar a escrita de uma newsletter, de um artigo acadêmico, do capítulo de um livro, a resolução de tarefas cotidianas…
Os roteiros não servem só para a newsletter, mas sim, para todo o resto.
As utilidades
Mas, afinal de contas, como eu faço isso? Como organizo as minhas ideias?
Já aviso que não é nada inovador; com certeza é mais comum do que você imagina. Cada roteiro consiste em uma sequência de tópicos; como uma lista - um formato versátil, que pode ser adaptado e reutilizado nos mais diversos contextos.
Veja alguns exemplos:
Eu considero esse tipo de roteiro como um desdobramento da escaleta daquele determinado capítulo. Na escaleta, os tópicos abrangem mais cenas; já nesse roteiro, cada um desses tópicos é muito específico - muitas vezes, dois desses itens fazem parte de uma mesma cena.
Eu até comentei sobre isso em uma nota:
Esse roteiro já é bem diferente. Foi só uma lista de afazeres para um fim de semana (que não consegui cumprir kkkk); algo mais claro e objetivo.
De qualquer forma, essas listas tem sua importância. Elas me ajudam a saber, com clareza, o que preciso fazer naquele dia - e fica até mais prático, porque escrevo tudo no mesmo lugar e só vou seguindo.
Faço roteiros desse tipo principalmente em dias mais ocupados; quando tô me perdendo no meio de tanta coisa pra fazer kkkkk
E por último, mas não menos importante:
Esses roteiros podem ser objetivos (ou não) - tudo depende da minha criatividade ou dos meus objetivos com o texto. No caso dessa edição (caso você esteja se perguntando, é a edição #32) , eu fiz até DOIS roteiros e esse foi o primeiro - então, nem todas as informações que escrevi realmente estavam na versão final da newsletter; só depois que as ideias amadureceram na minha cabeça e, junto das fontes de pesquisa, consegui desenvolver melhor o que queria passar.
Geralmente, eles são mais organizados e menos caóticos, mas também acho legal só deixar as ideias fluírem para o papel; sem me importar tanto assim com a estética ou clareza - o que mais importa é deixar as coisas claras no texto em si.
A importância
Como eu disse antes, escrever roteiros podem ajudar na organização das ideias, na construção de uma linha de raciocínio e em uma maior praticidade na hora de fazer aquela tarefa; sem perder tempo se perguntando como continuar.
Mas, é importante pensar que esses tópicos não precisam ser rigorosamente seguidos, sem nenhum espaço pra mudança. O roteiro é seu, faça o que vocẽ quiser.
Quando se fala sobre planejar tarefas ou qualquer outra coisa, todo mundo pensa na organização em si; nessa ideia de que “eu planejo tudo e sou muito responsável e vivo muito bem e etc”; não que não seja verdade, mas ninguém fala sobre planejar tarefas possíveis - lembra do “tarefas viáveis” em um dos meus roteiros? Pois é. (e aquela lista nem era tão viável assim)
Muitas vezes, a gente só enfia um monte de coisa pra fazer numa lista e acha que tá tudo resolvido; mas não é assim que funciona. Temos que ter uma certa atenção em não ultrapassar os nossos próprios limites; não adicionar mais coisas que não podemos cumprir.
Mas, se forem feitos de uma forma saudável e sem tanta cobrança, os roteiros podem ser essenciais pra que a nossa criatividade flua; ou, então, para que as nossas tarefas sejam cumpridas com mais clareza.
CONSIDERAÇÕES:
Muito obrigado por ler até aqui, espero que tenha curtido essa edição :)
E desculpem pela ausência das últimas semanas!! Junho é sempre um mês caótico, mas mês que vem a por entre palavras faz um ano de existênciaa :))) Já tô animado kkkkk
Agora, seguem algumas recomendações:
lendo: comecei a ler O peso do pássaro morto , da Aline Bei, e até agora…depressão e tristeza (mas o livro é muito bom!!!)
assistindo: assisti esse vlog do Dyllan e, como sempre, a qualidade, o conteúdo e tudo nesse vídeo foi incrível. Se você gosta de conteúdos mais introspectivos e solitários (no bom sentido!!!), com um toque aconchegante e cotidiano, recomendo muito esse canal !!!
Até a próxima edição!!